sábado, 3 de julho de 2010

um guarda sol se desprende da areia - capítulo 5 xx


- Eu não acredito! Essa menina só faz besteira na vida dela!
Cada palavra que ele gritava era uma apunhalada para mim. Eu sabia que estava errada, mas quem mais sofria com isso era eu mesma, então pra quê me colocar mais pra baixo ainda? Não fazia sentido. Ouvi a porta se abrir, me encolhi de medo. Meu pai me puxou pelo braço, de uma forma que ele nunca havia feito.
- Cadê o pai dessa criança? Cadê? – Não respondi, e isso fez com que ele gritasse mais ainda. Ele estava me machucando, não fisicamente, mas sentimentalmente. Eu não merecia tudo isso, já tinha bastante sofrimento na minha vida.
Ele me largou, e saiu batendo as portas dizendo:
- Você vai ter que achá-lo! Filha minha não vai ser mãe solteira. – Não ouvi mais nada, devo ter desmaiado.
Dias depois, meu pai me obrigou a voltar à praia em que tudo aconteceu. Pelo menos ele me deixou ir sozinha, coisa que não mudava muito a situação, mas me dava mais esperança de ver Davi. Fiquei horas o procurando, mas não achei. Resolvi ir embora. No que me levantei, ouvi algo:
- Luisa! – Eu não pude acreditar, era Davi. Meu coração acelerou. Era a hora da verdade.
- Davi, eu preciso falar com você. Eu estou grávida de um filho seu. – Fui direta. A reação foi estranha. Ele paralisou, e procurou algo para se apoiar, mas não o encontrou. Tentou sentar mas não conseguiu. Ficou apenas olhando para um ponto fixo, antes de me olhar e dizer:
- Porque você deixou isso acontecer? O que você está esperando para tirar isso de você? – Fiquei chocada! Ele estava com raiva de mim, ele queria abortar. Eu tentei explicar a ele que eu não iria abortar, e também que eu não iria criar ele sozinho. Davi começou a gritar de forma estúpida comigo, dizendo que a culpa era minha que não me cuidei, e que ele não iria assumir filho nenhum. Eu esperei ele se acalmar, e me sentei na areia.
- Davi, eu não fiz esse filho sozinha. E quando eu acordei você tinha desaparecido. Você tem tanta culpa quanto eu, e eu não vou criá-lo sozinho. Então eu espero que você tome uma decisão de um homem, e não de um menino. Algo você vai ter que fazer.
- Ai meu Deus! Eu não acredito, eu não acredito! Olha, me desculpa, mas eu não sei o que fazer, eu estou chocado. – Ele estava sendo um idiota, mas eu também havia ficado desesperada quando descobrira isso, então relevei.
- Eu também não sei o que fazer – Segurei minhas lágrimas, eu não queria parecer fraca perto dele. Mesmo assim, ele chorava como um bebê.
- Você não tem noção do que isso vai causar. Isso vai acabar com nossas vidas!
- Escuta aqui Davi, Isso, é o nosso filho! Como você pode ser tão egoísta e insensível! Você vai ser pai, entendeu ou quer que eu desenhe?
Essas palavras foram um baque pra ele. Mas fizeram ele realmente pensar. Eu sentia que ele gostava de mim, e que tinha ficado decepcionado comigo, como se fosse uma traição, como se eu tivesse escolhido ficar grávida. Eu também me decepcionei com a atitude dele, eu esperava mais compreensão, mais maturidade. Ele ficou quieto por muito tempo, e isso estava me agoniando. Eu queria uma decisão logo! Ele resolveu falar:


um suspense nesse sábado chuvoso , hihi, aguardem o próximo capítulo *-*

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