domingo, 11 de julho de 2010

não é errado se te faz feliz


Acho engraçado, como as pessoas julgam tudo hoje em dia. E o que elas mais gostam de fazer, é dizer que tudo que você faz é errado. Mas se isso me deixa feliz, porque você se mete? Não importa se o que te faz feliz é escutar sertanejo e dançar que nem caubói, cantar ABBA, se entupir de chocolate, ou dançar até o chão em um baile funk por aí. Porque isso seria errado se é isso que te faz feliz? As pessoas tem o terrível hábito de se acharem certas sempre, e condenarem qualquer pessoa que pense, e faça diferente delas. E depois ainda reclamam das modinhas, mas pra conseguir manter uma opinião, tu tem que ser muito genioso mesmo. Graças a Deus, tenho um gênio forte pra caramba, e posso dizer que já quebrei minha cara muitas vezes por causa disso, e vou continuar me fodendo, mas o que importa é que eu segurei minha opinião, que eu não deixei ninguém me fazer a cabeça, que eu não deixei ninguém tirar a minha personalidade. E espero que isso nunca aconteça, porque pobre de quem pensa igual a todo mundo. Portanto, eu espero que você nao queira ser mais um, e cante ABBA, coma seu chocolate, dance até o chão em um baile funk por aí, mas faça o que te deixa feliz, o que você acha legal, mesmo que todo mundo reprove isso. A felicidade é sua, e não vale a pena virar um infeliz pra agradar todo mundo, porque se você fizer isso, no fim, você vai ser só mais um esquecido e igual, e ninguém vai ligar pra você.

Antes ser odiado, do que ser esquecido. Um beijo :*

um guarda sol se desprende da areia - capítulo 6 xx


- É responsabilidade de nós dois, então... Eu me caso com você. – Paralisei. Eu esperava qualquer coisa, menos um pedido de casamento. Na verdade eu não queria me casar, mas isso seria bom para meu filho, e meus pais confiariam mais em mim. Era o certo a fazer. Aceitei.
Depois de uns dias, havia chegado o dia do meu casamento. Nós não faríamos festa, nem cerimônia religiosa, afinal nosso casamento não era motivo de felicidade. Era apenas uma oficialização, pois nós já estávamos morando juntos, num apartamento da mãe dele. Seria mais um dia como qualquer outro. Juro que nunca quis me casar, mas as poucas vezes que pensei nisso, me imaginei vestindo um vestido branco com uma armação enorme, o cabelo com um penteado super elaborado, e uma festa enorme, com tudo planejado nos mínimos detalhes. E agora estou aqui, indo ao cartório, com um vestido preto surrado e rasteirinha velha, para assinar uns papéis e voltar pra casa e comer macarrão de pacote e bolacha recheada. Pelo menos, eu tinha minha própria casa. Não era bem minha, mas pelo menos só eu e Davi morávamos lá. Ele me dava liberdade total, coisa que eu não tinha desde que minha mãe havia descoberto que eu usava drogas. Eu estava solta, fazia o que eu queria, na hora que queria, do jeito que eu, apenas eu queria.
- Você está feliz? – me surpreendi com a pergunta de Davi, será que ele se importava com minha felicidade? Será que ele se importava comigo?
- Eu não sei. Eu nunca pensei que tudo isso iria acontecer na minha vida. Acho que estou em estado de choque ainda.
- Será que um dia eu vou conseguir te fazer feliz? – fiquei chocada. O garoto que havia casado comigo por obrigação, agora realmente queria me fazer feliz. A gente nem se conhecia direito e estávamos casados e morávamos juntos, e mesmo assim, ele fazia de tudo para eu me sentir bem. Ele poderia me amar. Mas não havia motivos para isso, e por essa razão não respondi sua pergunta.

terça-feira, 6 de julho de 2010

será que vale ?


Hoje, em um momento de profunda depressão, e reflexão, me perguntei, vale a pena viver? não, isso não é um blog com mensagens suicidas, é apenas uma reflexão.
As pessoas só pensam em si mesmas, em sua própria felicidade, em que muitas vezes é conquistada através de futilidades ou até mesmo através da tristeza dos outros. Isso mesmo, a tristeza de uns deixa muitos outros felizes, sei isso por experiência própria. O amor é raro, poucas pessoas são capazes de sentí-lo e entregar-se a esse sentimento. A inveja domina as pessoas, que só pensam no verbo "ter", e não mais no verbo "ser".
Eu não sei, eu tenho muitos desejos materiais, mas dou muito mais valor aos sentimentos, tanto meus, quanto dos outros. Ainda me assusto com a crueldade humana, com as diferenças sociais, com o preconceito. Devo ter alma velha, que não cresceu vendo essas coisas, e por isso me choca tanto agora, e dá um nó na minha cabeça. Se as pessoas não se importam mais umas com as outras, vale a pena viver, e só se aborrecer ? Deve valer, senão nem estaríamos aqui. Ou vivemos só para sofrer ? é uma incógnita, não consigo responder. Se você achar uma resposta, entre em contato comigo, adoraria saber QQ
um beijo, espero que não se matem, ok ? é só uma reflexão qqq

sábado, 3 de julho de 2010

um guarda sol se desprende da areia - capítulo 5 xx


- Eu não acredito! Essa menina só faz besteira na vida dela!
Cada palavra que ele gritava era uma apunhalada para mim. Eu sabia que estava errada, mas quem mais sofria com isso era eu mesma, então pra quê me colocar mais pra baixo ainda? Não fazia sentido. Ouvi a porta se abrir, me encolhi de medo. Meu pai me puxou pelo braço, de uma forma que ele nunca havia feito.
- Cadê o pai dessa criança? Cadê? – Não respondi, e isso fez com que ele gritasse mais ainda. Ele estava me machucando, não fisicamente, mas sentimentalmente. Eu não merecia tudo isso, já tinha bastante sofrimento na minha vida.
Ele me largou, e saiu batendo as portas dizendo:
- Você vai ter que achá-lo! Filha minha não vai ser mãe solteira. – Não ouvi mais nada, devo ter desmaiado.
Dias depois, meu pai me obrigou a voltar à praia em que tudo aconteceu. Pelo menos ele me deixou ir sozinha, coisa que não mudava muito a situação, mas me dava mais esperança de ver Davi. Fiquei horas o procurando, mas não achei. Resolvi ir embora. No que me levantei, ouvi algo:
- Luisa! – Eu não pude acreditar, era Davi. Meu coração acelerou. Era a hora da verdade.
- Davi, eu preciso falar com você. Eu estou grávida de um filho seu. – Fui direta. A reação foi estranha. Ele paralisou, e procurou algo para se apoiar, mas não o encontrou. Tentou sentar mas não conseguiu. Ficou apenas olhando para um ponto fixo, antes de me olhar e dizer:
- Porque você deixou isso acontecer? O que você está esperando para tirar isso de você? – Fiquei chocada! Ele estava com raiva de mim, ele queria abortar. Eu tentei explicar a ele que eu não iria abortar, e também que eu não iria criar ele sozinho. Davi começou a gritar de forma estúpida comigo, dizendo que a culpa era minha que não me cuidei, e que ele não iria assumir filho nenhum. Eu esperei ele se acalmar, e me sentei na areia.
- Davi, eu não fiz esse filho sozinha. E quando eu acordei você tinha desaparecido. Você tem tanta culpa quanto eu, e eu não vou criá-lo sozinho. Então eu espero que você tome uma decisão de um homem, e não de um menino. Algo você vai ter que fazer.
- Ai meu Deus! Eu não acredito, eu não acredito! Olha, me desculpa, mas eu não sei o que fazer, eu estou chocado. – Ele estava sendo um idiota, mas eu também havia ficado desesperada quando descobrira isso, então relevei.
- Eu também não sei o que fazer – Segurei minhas lágrimas, eu não queria parecer fraca perto dele. Mesmo assim, ele chorava como um bebê.
- Você não tem noção do que isso vai causar. Isso vai acabar com nossas vidas!
- Escuta aqui Davi, Isso, é o nosso filho! Como você pode ser tão egoísta e insensível! Você vai ser pai, entendeu ou quer que eu desenhe?
Essas palavras foram um baque pra ele. Mas fizeram ele realmente pensar. Eu sentia que ele gostava de mim, e que tinha ficado decepcionado comigo, como se fosse uma traição, como se eu tivesse escolhido ficar grávida. Eu também me decepcionei com a atitude dele, eu esperava mais compreensão, mais maturidade. Ele ficou quieto por muito tempo, e isso estava me agoniando. Eu queria uma decisão logo! Ele resolveu falar:


um suspense nesse sábado chuvoso , hihi, aguardem o próximo capítulo *-*