terça-feira, 8 de junho de 2010

um guarda sol se desprende da areia - capítulo dois *-*


Ele se abaixou, e olhou dentro de meus olhos:
- Nem esse mar incrível tem a cor de seus olhos. - Uma cantada barata, e velha, mas que foi suficiente para me derreter por ele.
- Obrigada, seus olhos também são lindos.
E assim começou nossa conversa, uma troca de elogios. E foi assim até o final, porque ela não durou muito também. Eu sabia das intenções dele, e, estranhamente, eram iguais as minhas. Eu estava carente, e totalmente vulnerável, e queria me entregar. Já havia anoitecido, e eu não me importava com o que meus pais iam dizer, ou pensar. Eles nunca iam me encontrar mesmo. Eu havia achado uma oportunidade de esquecer a droga, ou a falta que ela me fazia, e eu não ia perdê-la por nada. Entreguei-me.
O sol estava quente quando bateu no meu rosto, e isso fez com que eu me acordasse rapidamente. Me sentei e percebi que eu estava na praia, que eu havia dormido na praia. E o pior, que eu tinha me deitado acompanhada, e acordado sozinha. Claro, eu devia imaginar, ele se aproveitou de mim, e foi embora. E agora, eu estava encrencada por ter dormido fora de casa. Muito encrencada.
Coloquei meu casaco, e voltei pra casa, na esperança de que ninguém tivesse acordado ainda. Mas como a sorte não é minha aliada, abri a porta e dei de cara com meus pais sentados no sofá me esperando. Ia começar o interrogatório, ia começar as cobranças, e as brigas de novo. Tive vontade de sair correndo, voltar pra minha praia. Mas já não dava mais tempo, agora eu teria que explicar tudo. Mas como eu iria explicar? Resolvi mentir, era o melhor a se fazer.

aguardem o capítulo três, hihi *-*

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